A Pesquisa de Confiança dos Supermercados do estado de São Paulo (PCS/APAS) apontou que apenas 22% dos empresários do setor demonstraram otimismo geral (ambiente econômico atual e futuro) em junho, uma queda de 16 pontos percentuais em relação a maio, enquanto o pessimismo subiu de 17% para 26%. A pesquisa mostrou que os supermercadistas estão muito preocupados com o futuro, depois da greve dos caminhoneiros e todos os seus desdobramentos, como o tabelamento do frete.
“Os reflexos nas expectativas futuras do setor supermercadista de São Paulo foram muito fortes e praticamente imediatos. Por conta disso, o primeiro semestre, que mostrava uma recuperação lenta, mas relevante, termina de forma ruim”, avaliou o economista da APAS, Thiago Berka.
Outro ponto levantado pela pesquisa foi o otimismo atual com as vendas dos supermercados, que neste momento ficou totalmente nulo, com score de 0%, e essa foi a mesma porcentagem de intenção dos supermercadistas para novas contratações. Por estarem com uma taxa e intenção zero de abrir novas vagas de emprego, o otimismo para novas contratações caiu 30 pontos de um mês para outro. “O varejo alimentar tem, entre todos os admitidos, 18% como vagas do primeiro emprego. Ou seja, devido ao setor ser porta de entrada no mercado de trabalho, os jovens podem ser os mais atingidos no pós-greve”, avaliou Berka.
Já sobre a confiança com o governo estadual, o empenho deste para tentar colocar um fim na greve dos caminhoneiros fez com que o otimismo do setor supermercadista paulista na expectativa futura subisse para 42%, atingindo o melhor resultado desde outubro de 2017. A principal explicação para esse aumento de confiança foi a criação de um comitê de crise com representantes de diversos segmentos afetados pela greve, inclusive os supermercadistas.
Fonte: NewTrade