O setor de varejo em janeiro de 2019 manteve o crescimento que foi observado nos últimos meses de 2018. Segundo o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) divulgado no último dia 15, as receitas cresceram 3,5% na comparação com o mesmo período do ano passado quando descontada a inflação que incide sobre os setores do varejo ampliado.
Em termos nominais, que refletem o que o varejista de fato observa na receita das suas vendas, o indicador registrou alta de 6,8% na comparação com o ano anterior. Vale observar que janeiro de 2019 teve uma quinta-feira a mais e uma segunda-feira a menos que o mesmo mês de 2018, o que influenciou o resultado.
Se ajustado a esses efeitos, o índice deflacionado apontaria alta de 3,4%, estável com relação a dezembro de 2018. Pelo ICVA nominal, no mesmo conceito, o indicador apresentaria alta de 6,8% na comparação com o mesmo período de 2018, também estável em relação a dezembro.
Gabriel Mariotto, diretor de Inteligência da Cielo, confirma o crescimento e relata que setores importantes como Supermercados, Hipermercados, Postos de combustíveis e Vestuário obtiveram uma aceleração, mas os setores relacionados a Serviços acabaram puxando a média para baixo, complementa.
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apurado em janeiro pelo IBGE apontou alta de 3,78% no acumulado dos últimos 12 meses, com uma estabilização em relação ao número registrado em dezembro (3,75%). Os grupos de itens de Alimentação fora do domicílio e Despesas Pessoais tiveram aceleração, enquanto o bloco de Transportes caiu de 4,2% em dezembro para 3,1% em janeiro, puxado por Combustíveis de veículos que teve a maior queda, indo de 6,2% para 1,3%. Ponderando o IPCA pelos setores e pesos do ICVA, a inflação no varejo ampliado em janeiro ficou em 3,2%, tendo uma leve desaceleração em relação a dezembro (3,5%).
O bloco de Bens não Duráveis apresentou aceleração na passagem de dezembro para janeiro, puxado pelo desempenho dos setores de Postos de Gasolina – que teve queda expressiva de preços – e Supermercados e Hipermercados. Já o grupo de setores de Bens Duráveis e Semiduráveis se manteve estável, com performances bem variadas: destaque positivo para o setor de Vestuário, porém compensado pela desaceleração em Móveis, Eletro e Lojas de Departamento.
Finalmente, o bloco de setores de Serviços foi o único que apresentou desaceleração na passagem mensal, e acabou puxando para baixo o desempenho do mês. A desaceleração ocorreu em praticamente todos os setores de Serviços, com Recreação e Lazer sendo uma das poucas exceções, apresentando alta e puxando o resultado do bloco para cima.
Fonte: New Trade