Em 2018 o setor supermercadista fechou o ano com um resultado positivo em comparação a 2017 (alta de 2,07%), mas abaixo da previsão estimada e revisada pela Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS) que era de 2,53%. O resultado considera as vendas em termos reais, já descontada a inflação do período.
A recente tendencia de alta porém segue forte, e para 2019 a ABRAS estime um crescimento de até 3,1% com um potencial de alcance de faturamento na ordem de R$ 108 bilhões. Esta expectativa é considerada conservadora e mantém números semelhantes aos apresentados no ano passado pela entidade.
A Abras considerou que o ano de 2018 frustrou as expectativas em razão de eventos inesperados, como a greve dos caminhoneiros no primeiro semestre. A entidade considerou ainda que as incertezas durante o período eleitoral afetaram a confiança dos consumidores.
Para 2019, no entanto, a Abras traça uma perspectiva otimista. A estimativa de crescimento é projetada entre 2,71% e 3,1%, sendo que a melhoria pode ser impulsionada ainda mais por medidas econômicas que podem ser promovidas pelo governo, tais como simplificação tributária e controle de gastos.
“Após umas das maiores recessões vividas pelo país, a economia brasileira teve muita dificuldade para se recuperar. O ano de 2018 não teve o fôlego que esperávamos para um crescimento mais expressivo. Começamos bem, mas, infelizmente, fomos surpreendidos com a paralisação dos caminhoneiros no fim de maio, impactando no preço dos combustíveis e dos alimentos por causa do desabastecimento. Sem esses fatores, provavelmente, teríamos alcançado melhores resultados”, declara o presidente da Abras João Sanzovo Neto.
De acordo com o indicador da Abras e da GfK, os empresários do setor de supermercados estão mais confiantes com as perspectivas para os negócios. Numa escala de 0 a 100, o Índice de Confiança chegou a 61,5, superando o patamar dos últimos doze meses, período ao longo do qual o indicador oscilou entre 47 e 57 pontos. É o maior nível desde o início das medições, em 2014.
Sanzovo destaca que, para 2019, as expectativas estão melhores, principalmente após a definição de integrantes do novo governo e as medidas econômicas inicialmente anunciadas pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, de controle de gastos, simplificação de impostos, desestatização do mercado de crédito, entre outros.
“Estamos otimistas e esperançosos de que 2019 será melhor que o ano de 2018. As projeções do mercado financeiro estão positivas, com juros e inflação controlados. A confiança dos empresários segue em alta, como vimos na nossa última pesquisa, e diante deste cenário, projetamos um crescimento em torno de 3,00% nas vendas deste ano”, afirma.
Fonte: Mercado e Consumo