No mundo todo o assunto treinamento e desenvolvimento ainda é um desafio para muitas empresas, principalmente considerando que uma equipe capacitada é condição essencial para ter a produtividade necessária no ambiente de negócios atual. O tema capacitação foi debatido no painel O Papel da Mobilidade de Capital Humano Qualificado para a Inovação na Indústria, no 7º Congresso Brasileiro de Inovação da Indústria.
O painel discutiu o papel da capacitação nas empresas brasileiras: para que o trabalho traga os resultados necessários, os colaboradores precisam estar capacitados e aplicar seus conhecimentos para desenvolver um bom trabalho, além de ver as possibilidades de aprender e se desenvolver.
O universo do treinamento e desenvolvimento do Brasil
A 11ª edição do “O panorama do treinamento no Brasil”, realizado pela Integração Escola de Negócios, realizou um levantamento do T&D em diferentes empresas para entender como é o esforço de treinar os colaboradores no Brasil. Um indicador que inicialmente pode chamar a atenção é que 11% da folha de pagamento no Brasil é investida em treinamento, enquanto nos Estados Unidos esse percentual é de 3%. Isto permite inferir duas coisas: os empresários gastam muito com treinamento, porém este gasto não garante níveis de produtividade adequados, já que notoriamente estamos abaixo de outros países neste quesito. Um fator que pode estar relacionado a isto é que, devido a salários menores do que em países desenvolvidos, a tendência é se compensar a baixa capacitação e produtividade com mais pessoas. Porém, isso não significa que o investimento em treinamento é alto, mas sim que temos uma ineficiência que termina impactando a quantidade de funcionários – o que é ainda mais grave considerando o volume de impostos associado a isto no país.
Apesar deste descompasso, o momento de instabilidade econômica pelo qual o país está passando fez com que as organizações investissem mais em treinamento de seus colaboradores, buscando se manter competitivas. O investimento médio por colaborador em 2016 foi de R$ 624, um crescimento de 24% em relação ao ano anterior. O número de horas que um colaborador ficou em treinamento também subiu, passando de 16,6 horas para 22 horas. Foi detectado que o setor que menos treina, comparativamente, é o comércio, com uma média de 15 horas; no entanto é o que mais gasta com capacitação, cerca de R$ 637 por colaborador.
O levantamento também mostrou que um grande desafio dos profissionais que atuam com T&D tem sido a crescente demanda. Em 2014, a média de profissionais capacitados por treinador era de 399; em 2016, esse número saltou para 706.
As ações para capacitar e desenvolver os colaboradores estão sendo vistas de uma forma diferente e com importância. Tal fato fica evidente ao observar o percentual de absenteísmo nos programas formais que passou de 21% para 12%, ou seja, as pessoas então participando mais de treinamentos, pois estão vendo a importância deles para seu desenvolvimento profissional.
Tanto empresas como colaboradores passaram a perceber que inicialmente as horas “perdidas” com treinamento e desenvolvimento trazem um retorno muito maior. A longo prazo proporcionam melhorias para os processos, o negócio e para a gestão de pessoas. A grande questão é como ter profissionais bem treinados trabalhando na empresa, investindo de forma inteligente e com foco no que é importante, para se obter um retorno adequado.
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Fonte: Agência Sebrae de Notícias